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segunda-feira, 27 de abril de 2009

One day I said: Come back to me, please !

O amor é coisa estranha, a gente afirma que sente, afirma que morre por ele, mas nunca sabe ao final, se ele é memória do que sobrevive da paixão ou uma fórmula para a felicidade que sempre acreditamos que iríamos possuir..
Quando o questionamos talvez seja porque nunca o sentimos à altura do que ele é.
Há muito tempo atrás eu tive uma paixão furiosa, daquelas de fazer a gente emagrecer, endoidecer como todas às que se referem ao sexo oposto ..
Eu jurei que era amor e que permaneceria sempre aquela representação do Ser amado junto de mim..Na época não pude viver tal intensidade pois haviam inúmeros impedimentos como o casamento dele. Posso ter cometido substanciais erros, mas sempre soube que não se tira doce da boca de ninguém e que todas as nossas ações, nesse sentido, nos retornam em cobranças, tal é a implacável justiça divina e universal ..
Devido à essa paixão me mudei de cidade, de amigos e tornei meu caminho triste por um tempo..
O tempo é um milenar remédio, não cura, mas diminui muito os efeitos do que nos fere e aos poucos nos tornamos imune a esse tipo de dor..
O mundo é tão grande, porém, antagonicamente, todas as minhas ex paixões sempre retornam de alguma forma, quando já estou em outra história e quando isso ocorre a impressão é que o bombom de chocolate perdeu o licor..
Ontem essa paixão reapareceu através do Orkut e me fez repensar na força com que ela me sugou e se ainda tinha força para me tirar o chão. Descobri que não tinha mais força alguma, salvo da beleza física que eu ainda vi nessa pessoa, mesmo 14 anos depois..
As vezes tenho a sensação de já ter vivido tudo que eu queria e poderia, tenho a certeza, que nada mais de novo virá, principalmente no campo dos sentimentos. Isso dever ser mal da idade.
Por muito tempo lamentei a solidão, a amaldiçoei com minha força de wiccae, porém, ela parece ter se tornado minha amiga..É horrível estéticamente esse tipo de conformismo, mas como impedi-lo?
Tive outras paixões embora não tão vivenciadas, acho que idealizei mais do que vivi e me esqueci que as outras pessoas também idealizavam outras metades..Esse é o transtorno não me julgo mais uma metade e sim uma "inteira".
Atualmente partilho experiências com um parceiro que é belo, inteligente e diferente. Tudo que sonhei e eu e ele sabemos que estamos enfrentando uma espécie de incapacidade de se ter paixões..
Será que antigas noites de choradeira, de dor de cotovelo me tornaram apenas um operário no mundo? Todavia, eu e meu cúmplice sentimental já estivemos separados e também não éramos felizes..O costume de convivermos nos cativou.
Eu gostaria de poder sentir aquela sensação de frio na barriga. Ainda e peço aos céus para que meu tempo não tenha acabado nesse sentido..Gostaria de voltar a sacrificar partes de mim nessa empreita..
Não sei ainda o que é o amor embora possa estar sentindo-o, pois ter experiência e estar convivendo com alguém, no fim pode ser amor. Enfim, essa é a minha esperança, mesmo que eu ignore, quero estar sentir o amor..

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