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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Minha alma gêmea

Ufa! Até que em fim, consegui voltar para meu querido diário digital...
Hoje foi um dia atípico pois consegui dormir e dormir bem de manhã, após levar as crianças na escola...
Hoje eu gostaria de falar um pouco de um amor (acho que todos tem um, não?)
Ele se chama Artur e eu não sei se é minha alma gêmea..
O que é alma gêmea?
O escritor Paulo Coelho diz que mora com a sua em Paris, tem outros que acreditam que a sua mora em outro planeta..Outros acreditam que irão conhece-la post mortem.
Muito complexo nos entendermos incompletos por muito tempo, aliás, essa era a concepção grega de Amor como totalidade...A palavra "total" veio da certeza, na antiguidade, de que éramos incompletos...
Na atualidade, acreditamos que somos auto-suficientes, mas sempre nos sentimos fracos e com a falta de algo que não é um pudim de chocolate...
O que fazer, se buscamos, buscamos e nos estressamos nesse caminho?
De qualquer forma tenho a certeza que sozinhos não somos muito. Sempre esperamos por algo e quando não temos mais a força da espera, surge o desejo de morte..É a espera que tem horizontes na vida, porque é disso que fomos feitos..
O Artur é um belo de um companheiro e eu o consagro a melhor alma companheira que tive.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Não precisamos mais de espaço

Hoje tive que levar meu micro, de apenas seis anos, mas acusado de já fazer "hora extra", para um técnico trocar seu HD.....Observei que minha TV também não está bem, imagens duplas, cor desreguladas, etc.....Pensei numa de cristal líquido, que vem baixando o preço a cada dia.
Antes, os fornos eram a lenha, agora os fogões já vem com acendedores...
Antes, os monitores de PC eram caixotes, agora fininhos, sem ocupar espaço considerável..
Antes, as TV eram caixotes, agora podem se fixar, como quadros, na parede...
Antes, era o vídeo-cacete, agora existem os MP5..
Antes, as câmeras eram Polaroydes gigantescas, agora, alguns, podem caminhar tranquilamente com uma escondida no bolso ou na blusa, isso se o minúsculo celular não fizer o trabalho....
Parece que haverá muito espaço vago...até as palavras, ou frases diminuem: PC, TV, CD, MP, HD...
Nossos códigos de linguagem estão sendo refeitos rapidamente assim como nossa rotina, agora condicionada a poupar espaço...
Sem dizer das construções que estão perdendo a parede separatória da cozinha e dos apartamentos de 56 metros quadrados, mesmo contendo três quartos ...
Não precisamos mais utilizar grandes espaços. Isso era coisa do século XIX..
Só me assusta um pouco o fato da terra um dia criar consciência própria e achar que nós também somos elefantes obsoletos.

sábado, 13 de setembro de 2008

Gerânios e carvalhos


Nessa casa alugada, para qual me mudei, tinham dois gerânios enormes no jardim frontal...

Porém, eu os olhava e depois de observar muitos jardins, achei que eles eram "bregas" pois estavam desgalhados...Cresciam demais....Não dava uma "visão bonita" ou "pacífica" da tranquilidade que o arquétipo de jardins consagram.....

Ontem, podei muito a planta, no espaço restante coloquei bromélias (planta da moda)....

Depois, vendo os galhos dos gerânios no chão, comecei a refletir...

Afinal, por que uma planta deve ser podada? Por que é feio estar com muitos galhos, em várias direções? Por que notamos a beleza de uma bromélia, mas não de um gerânio? Ditadura do paisagismo? Ou será que é porque nossos valores civilizados dizem que o belo é o que deve ser cortado, podado, que o natural e espontâneo é sem graça......?

Nosso senso estético, acha belo o que pode ser cortado como os Pingos-de-ouro e os mini-pinheiros de jardins, que jamais alcançam a altura natural.....

Lindos são os Bonzais, plantas gigantes, reduzidas à esdrúxulos vasinhos..Têm as raízes e folhas cortadas, possuem frutos e flores pequeninos porque se condicionaram a serem reduzidas ou não sobreviveriam.....

Assim também é a nossa espécie, acostumada às podas desde a infância, crescendo sem poder prolongar raízes e ramos, pois tudo tem que estar sob controle, inclusive nosso senso estético...

Poucos podem apreciar a beleza de um robusto carvalho na Alemanha, com sua força, abrindo espaço na floresta, alimentando vários animais e insetos, servindo de moradia inclusive para humanos....Um carvalho não está sob nosso governo, nosso desejo de controle...

Não gostamos realmente da natureza, mas do poder que pensamos exercer sobre ela. Aprendemos, desde o berço, a arte do controle excessivo..

Criamos a moda, as regras do belo, para sermos uniformizados...Porém, poderíamos andar em grupo mantendo parte de nossa espontanedade..

Por fim, nos tornamos reduzidos, pássaros com pontas das asas quebradas...dentro de nosso confinamento que se chama lar.... ou então de nossas próprias psiquês, que ainda lutam para se religarem ao cosmos unico..

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Bom dia

Bom dia, caro Diário!!
É sempre bom dizer "Bom dia", já que as vezes, parece que a categoria humanidade se resumiu em ser o carrasco da própria espécie.
Todos os dias temos que pensar antes de comprar: será que o preço está superfaturado? Será que haverá, conforme combinado, entrega rápida? Se você leva seu carro para revisão, fica preocupado se não irão quebrar uma peça, cujo defeito surgirá dali a alguns meses. Se você, por distração, perde documentos, fica na incógnita, se alguém não irá encontrar e utiliza-los para fins escusos. Se você ao médico, pensa se a receita dele não foi produzida apenas porque existe um acordo com um laboratório farmacêutico.
Pessoas trabalham muito (mais do que durante a Revolução Industrial ) e lazer, as vezes, se parece com palavrão. Vivem amontoadas em apartamentos com janelas minúsculas.
Ontem vi a Edleusa, inspetora da Escola. Estava correndo no estreito horário de almoço para fazer o almoço (bem irônico).
C0rremos para tudo e poucos são nossos prazeres. Acho que alguns nem percebem a hora da morte, porque não tiveram tempo para entender que estavam vivos.
Adoro filmes de zumbis, mortos-vivos, seres cuja vida se resume apenas em vagar e sentir instintos primários. Doravante, parece que estamos nos tornando atores reais dessa trama.
Vagamos por entre estereótipos e dizer "Bom dia" parece sem sentido, já que podemos descrever como será o dia e a noite. Sabemos que nesse dia, temos que confiar pouco nos demais, se precaver dos demais, nos individualizar mais ainda. porque algumas pessoas são "boas" até o momento em que seus interesses não são ameaçados.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

"O procurado"


Nesse domingo, fui, com meu queridinho Artur, assistir ao filme "O procurado" com a bela Angelina Jolie (bela, mas estática enquanto expressão).

Um filme de ação, cuja trama, tentava enganar laboriosamente nosso Q. I mas. Sendo franca, muita gente morrendo e cenas de tortura absurdas...

Eu questionei ter sido essa nossa única opção de lazer, pois realmente acho o cúmulo pagar para ver gente morrendo, ainda se fossem terríveis aliens.

Foi-se a época em que eram os bandidos que morriam, cujos mocinhos só atiravam em defesa própria ou de um ideal do qual acreditavam muito... Geralmente, os bandidos de épocas passadas eram idealizados como terrivelmente maus, perigosos e tinham cicatrizes na face.

Enfim, um absurdo nossa espécie, pagar como um dia pagaram no Coliseu romano, comendo pipocas, para ver pessoas se degladiando, se matando...Isso é tão comum na vida real, tão repudiado, porém tão enfatizado pelo cinema..

Parece que temos o mau dentro de nós, o vilão que as vezes se mascara de mocinho de filme...

Quando descobri que os gregos preferiam o gênero Tragédia me assustei, agora não mais...