2009: Ficamos entre os 100 do Top Blog

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ele não volta

Well,
Até hoje esperei uma notícia boa sobre meu carrinho, do tipo: "- Encontramos seu carro e ele está inteiro"...
Mas, embora, com a intervenção de orações, não veio notícia alguma..
Não ouso pensar o que fizeram com o meu ajudante principal..porém, nada mais posso fazer senão curtir um pouco mais dessa amarga esperança..
Nem sempre esperança é algo bom, as vezes é preferível não ter nenhuma pois ai a aceitação sobre os fatos vem mais rápido..
Agora é seguir a pé ..
Bom, na letra do "saudosa maloca" é dito que "Deus dá o frio conforme o cobertor"...Dai acredito que se não há nenhum cobertor também não deverá haver mais frio..Pronto, a culpa dos grandes invernos deve ser do cobertor..

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Final previsto..

Bem, sei que poucos lêem o meu super diário e não dou tanta importância para isso pois penso que tudo é questão de tempo...O importante é que ele ficará aqui guardado para todos.
Como disse ontem, quando o Chesco nascer eu irei parar de escrever...

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

41 - Feliz niver Cecília!


Hoje completo 41 e a gente nunca esquece a própria data. Isso é sinal que ainda gostamos de nós mesmos e aprovamos o que em parte sempre fomos e em parte nos tornamos..
E a gente vê todos os ciclos pelos quais fomos empurrados ou nos lançamos (a vida, na maioria das vezes, sempre nos dá duas opções no mínimo)e concluo que as cabeçadas valeram a pena. Cada desespero, cada ansiedade e cada queda foram para nos tornar mais fortes e infelizmente não são muitos que conseguem concluir o percurso. A meia-idade é um espectro privilegiado..Cabe-nos auxiliar os que estão vindo atrás porque já temos vários mapas de percurso. Nosso GPS é um dos melhores..
É nesse "meio" que descobrimos como sermos humildes e que não nos tornamos melhores do que os que estavam aqui antes de nós..
Minha mãe gritava histericamente comigo na minha infância e na minha adolescência. E eu entendi isso depois que tive a primeira TPM e meus filhos faziam as arquétipas artes...Meu pai me "prendia" dentro de casa e só descobri o que era pegar ônibus depois dos 15 anos e agora penso 50 vezes antes de permitir que minha filha de 15 anos vá em qualquer lugar que seja pois descobri que nem todas as pessoas são boas no mundo e que se eu a perdesse não me perdoaria nunca..
Agora entendo o por que da recusa da compra de uma simples bicicleta na infância já que meu filho quer um MP7 e nem em prestações eu conseguiria comprar..
Perdoar as pessoas pelo que não gostamos nelas é só uma questão de tempo, o tempo de termos nossas próprias experiências..
Um dia eu tive a certeza que sabia tudo, que era melhor do que os outros e que seria sempre jovem..
Felizmente, hoje sei que eu não era muito, mas, a cada dia estou me organizando para me tornar alguém e, que sem os outros que sabem muito mais do que eu, essa tarefa seria impossível.
Hoje tudo isso, que parecia ser eterno, passou...
Tenho dívidas que tento pagar, não tenho uma remuneração substancial ainda, moro em imóvel alugado, durmo na sala e levaram o carro que eu ainda pagava...
Mas..
Não conseguiram me deixar triste, apenas mais questionadora..
Poderão ainda levar minhas vestes, mas tem algo dentro de mim que nunca me tirarão se eu ainda estiver viva...
A cultura que adquiri ao longo desse tempo não me roubarão..
O conhecimento, a sensibilidade, a intuição. Ah! meu irmão! nunca me levarão, vai tudo embora comigo um dia..
O prazer que tenho com tudo dentro de mim é um diamante e eu o saúdo..
Enfim, gostaria de comunicar que esse diário acabará quando o Chesquinho nascer...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os ferrados

Pior do que ter que acordar cedo, é ter o carro roubado enquanto você nem tinha acordado e muito pior do que ter o carro, sem seguro, roubado é aguentar essas condicionais dos teus tenros conhecidos:
Elas geralmente são assim:
- Mas, você é uma mula, porque não colocou o carro no seguro?
E eu tive vontade de responder: - Nossa você realmente é um crânio, descobriu a pólvora (embora numa época que caminha para as armas biológicas). Pois é! Acho que não fiz seguro porque pensava que vivíamos numa época de ouro onde não há roubos ou seria porque as prestações do carro eram salgadas demais para acrescentar mais uma.
- Mas, então porque não comprou um carro mais barato?
E eu tive vontade de responder: - Deve ser porque, embora goste de BMWs, comprei um Pálio básico ou porque já tive fuscas 68, 74, 76, Passat 80, Monza 84 e Uno 90 e não aguentava mais ver os carros mais na oficina do que em trânsito, então arrisquei comprar um novo mesmo sem seguro.
- Ah isso foi burrice demais. Se fosse com o seguro teria outro carro.
E eu tive vontade de responder: - Concordo, somos todos burros quando investimos num bem para melhorar nossas vidas sem, é claro, o seguro...Afinal pagamos hediondo impostos que incluem segurança pública, mas não devemos acreditar em segurança alguma.
- Agora se ferrou!
Sim, me ferrei! Mas, Deus abençoa os ferrados dando-lhes força para levantar inúmeras vezes...
Quando eu não sei o que fazer, eu apenas sorrio e sigo em frente..


-

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O seguro que não fiz...


Nessa última sexta feira roubaram meu Pálio 2008 e foi de dentro de minha garagem durante a madrugada.
Não coloquei seguro no bicho pois as prestações já eram altas demais para poder acrescentar R$ 2000,00...Dizem que foi burrice e talvez ser burro é não ter valores adicionais...
Acho que estou em choque até agora e nem quero imaginar o que são traumas piores ....É complicado procurar uma coisa que não está mais onde deveria estar, ver o vazio e um portão aberto..
Estranho demais a existência de empresas seguradoras pois não eram para existir. Em tese, entregamos nossa liberdade particular para o Estado e ele, como um corpo, deveria nos proteger. Por outro lado, numa comunidade verdadeira, as pessoas não deveriam prejudicar sua própria espécie e por fim, todos deveriam ter realmente as mesmas chances para aquisição de qualquer coisa que necessitar. Então, em suma, vivemos apenas na ilusão pois somos apenas competidores de baixa estirpe.
Agora me restam os palpites. Alguns acham que meu carrinho já virou sucata e outros acreditam que ele está em outra cidade com uma nova chapa...De qualquer forma, comigo ele não está.
Dizem que não é para a gente juntar tesouros na terra porque as traças roem e os ladrões roubam, eu acredito nessa premissa...O problema é que só aprendemos a comprar e manter, manter e comprar. Assim, somos felizes, com a felicidade propiciada pelo que temos.

domingo, 25 de outubro de 2009

Mãe deveria ficar para sempre junto ao seu filho pequenino

"Mães deveriam ficar para sempre junto ao seu filho pequenino e ele, velho embora, seria sempre pequenino feito um grão de milho" - Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dormir é o negócio..

Lembro-me bem das vezes em que me senti desrespeitada. Acredito que estava nas primeiras séries primárias e as professoras faziam coisas do tipo puxar o "rabo de cavalo" de quem conversava ou errava nas contas como eu. Também diziam inúmeras coisas pejorativas e com impacto. Por sorte, meu cérebro escolheu não gravar todas pois já deveria estar completo com o que ouvia em casa. No recreio era outra odisséia, colegas de todas as formas, alguns extremamente agressivos, outros riam de nossas roupas e nos ridicularizavam até por um adesivo mimoso na mochila. Bem, dentro de uma escola, percebi que era onde a verdadeira ditadura da socialização começava e como é doloso tal processo.
Hoje, numa outra unidade, no estágio, óbvio não existem mais puxões em "rabos de cavalos", mas os gritos dos mestres continuam e notei que a ordem de reação dos pequenos é a seguinte: Primeiro conversam ou tentam pular, depois do grito de advertência em público, encostam a cabeça na carteira e tentam dormir..
Dormir, eis nosso melhor dispositivo contra o que não gostamos e não podemos fugir. Dormimos porque é nossa chance de ouro de entrar em "off" e podemos deixar o nosso corpo ali mesmo. Ninguém pode contra quem dorme.
Eu dormi muito durante um casamento que eu questionava, infelizmente acabei prejudicando muita gente por dormir naquela época e disso me arrependo em cada dia que acordo. Ainda durmo quando vejo louça para lavar ou caca de cachorro para limpar...
Com certeza, se não fôssemos socializados, não dormiríamos. Na pré-história o primata que dormisse poderia ser devorado e é antagônico saber que a sociedade pós-moderna reinventou o sono justamente para que o homem não seja devorado demais.
Por outro lado, a não-socialização, talvez nos levasse ao desastre comportamental, muito embora, segundo Freud, a castração social advinda do processo de socialização é o motivo da maioria das neuroses que tanto nos perturbam..
Bem, o sono parece uma substancial defesa espontânea. Mesmo confundido com a preguiça, ele nos permite desligar a máquina para que ela não entre em pane...Nele estamos finalmente longe e sozinhos. Sabemos que ele é só um breve período e que depois voltaremos mais fortes ainda.

sábado, 3 de outubro de 2009

A felicidade de Roberto

Ontem li mais uma bela crônica do médico neurocirurgião Roberto Shinyashiki.
Ele tem uma história peculiar, embora trabalhe na área de saúde psíquica, tem um filho com problema neurológico.
Estranhamente ele não lamenta o fato, ao contrário, escreve crônicas motivando as pessoas à continuarem a seguir seus caminhos, não importando quantas dificuldades surjam pela frente..
Já pararam para pensar: Para que estamos verdadeiramente preparados? Para as equações do salário escasso? Para as perdas irreparáveis? Para as chuvas de longos dias?
Um dia nos disseram que tínhamos que vencer, mas não caracterizaram o que significa a vitória.
Existem pseudos vitórias. Você pode ter alcançado o alge profissional, ter um ótimo salário, porém, incrivelmente se ver só...
A verdadeira vitória, penso eu, é a felicidade, mesmo no cerne dos obstáculos...
Nenhum troféu vale nada se não fizer o sujeito feliz...
O dinheiro compra a felicidade?
Bem, meu salário é pouco, minha casa é alugada e necessita de reparos, meu namorado está em crise existencial e nem sabemos se nos gostamos...No entanto, se fosse tudo ao contrário, eu teria muito prazer na realização, porém não sei se seria feliz..
A maioria das pessoas não são felizes, prova disso são as guerras causadas por fria política territorial e a violência urbana com incontáveis vítimas...
Muitas vezes se confunde realização de objetivos e metas (criações capitalizadas) com felicidade...E o paradoxo é que felicidade nem é algo tão complexo..

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estágio com o bebê


Meu estágio de Pedagogia iniciou ontem numa escola de 1a à 4a série. Adorei rever a inocência em seu gênero que se traduz na voz infantil:

- Cuidado com a tia, ela está grávida - Disse a profa. regente. Dai se aproximaram um grupo de alunos entre 5 à 6 anos..:
- Posso brincar com seu bebê?
- Tira ele dai um pouquinho só, a gente brinca com ele depois você guarda ele de novo...
- Bianca eu tô ouvindo o bebê falar
- Eu também quero ouvir o bebê falar
- Ele ouve a gente também?
- Tia por que o bebê só fala com a Aline e não fala comigo também?
- Tia por onde o bebê vai sair?
- Não tem abertura na sua barriga?
- Ele sai por onde entrou? Mas, por onde ele entrou?
- Ele lê ai dentro? Mas, não está escuro?