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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Seria uma flor de maracujá?


Hoje acordei e fui correndo ver se não havia mais sinais do rato, invasor difícil. No entanto, o bicho comeu dois pacotes de veneno, desde a semana passada e nada. Mesmo que seja mais de um, nenhum corpo desse ofensivo animal foi encontrado...
Dizem que esse roedor nos acompanha devido aos nossos saborosos alimentos, bem melhor que suas originais raízes de campo e, embora reclamemos dele, ainda bem que o companheiro é ele e não uma distinta sucuri, ou mesmo, um ursinho marrom...
Também tive outra surpresa nessa manhã, essa casa tem uma planta, que tive a certeza que era um pé de guaco, mas hoje vi que estava inteiro em flor...Então, já fiquei com dúvidas, pois a flor é idêntica a de um maracujá. Realmente, as aparências são bem enganadoras...
Há vários anos atrás, eu iria esnobar o maracujá já que dizem que é um calmante nato. Quando eu tinha 33 anos, a idade de Cristo, eu estava no pico de uma tenebrosa depressão. Não sabia o que fazer, apenas me sentia muito mal. Estava doente, mas quando o problema é justamente na central do controle, não temos noção alguma de sua gravidade. Mesmo assim, fui a um psiquiatra e recebi várias receitas de antidepressivos e anti-histamínicos. Achei que seria bom. Entretanto, sozinha, me medicando com aquilo, a coisa piorou e fugiu às minhas tentativas de controle. Por fim, descobri, não sem muita dor, que os remédios levavam embora minhas chances de autodefesa. Foi numa Igreja Evangélica que me refiz e acho que lá aprendi muito sobre humildade. E somente no momento em que toquei de verdade o chão, conseguir ter impulso para subir novamente. Por fim, descobri que tudo aquilo eram resquícios de adolescência mal resolvida, misturada às frustrações várias, daquilo que eu queria ser e não era e nem seria. Por fim, a maturidade chegou e daí venci a depressão..Quando a gente começa a dialogar com a realidade e sai do castelo de fantasias, as coisas tendem a melhorar. A gente aprende a olhar nos olhos dos bichos papões e geralmente, eles fogem.Agora, acho que já estou apta a tomar um suquinho de maracujá, quando quiser dormir mais cedo, ou quando for contrariada, numa disputa de egos, dizer: “- Deixa para lá, já sei como acaba esse filme”. Raiva é uma coisa que sempre passa assim como, salvo a dor da saudade, a própria dor.
Geralmente, a gente só pode reconhecer a planta pela flor ou pelo fruto. Até lá, todas as folhas são verdes e parecem paralisadas.
Há, também descobri que a planta arruda afasta vários invasores, entre eles, o dito rato. Ela era usada na Idade Média, durante a Peste Negra para tanto. Os místicos dizem que é uma planta purificadora. Irei tentar espalhar a arruda por aqui e vamos ver..

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