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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Hoje pensei no pós-vida...

Enfim, fez um relativo frio no dia hoje. Era um vento gelado e por ironia hoje minha pressão subiu muito e quase me tornei "gelada", ou seja, quase passei para um possível outro lado.
A morte existe a todo momento, mas sua pronúncia nos soa como palavrão. Para alguns é uma maldição, pior que a peste negra que varreu a Europa. A morte é sempre um drama mesmo que seja necessária, afinal a terra ficaria superpopulada e talvez tivéssemos que morar sob os oceanos. Em vários casos, se evita falar que alguém morreu para dizer "- Ele se foi".
Existem pessoas que acreditam que ela seja "descanso" e é à julgar pelo número de pessoas que pedem a Eutanásia no mundo, porque estão sofrendo, talvez seja mesmo. Mas, é ingenuidade acreditar que ela seja um sono. No sono há sonhos involuntários e estes precisam de um cérebro. Talvez a morte seja o "nada" e se é o nada, nada temos à temer pois pararemos de sentir e por conseguinte, de ser.
Todavia, é difícil imaginar a última vez que o ar sairá de nossos pulmões e se estaremos ou não conscientes disso. Quando o ar entrou pela primeira vez foi relativamente fácil, só tínhamos que chorar para comprovar que estávamos ali e não tínhamos escolha alguma a não ser receber ternas saudações dos demais viventes..E depois disso, em algum momento que não sabemos também, tudo irá acontecer de novo, só que de maneira inversa.
Não me preocupava com a minha morte natural pois antes a coisa acontecia com os avós, depois com os tios, mas, agora já chegou nos primos.
Eu penso sobre minha morte de forma narcisistica ou idealisticamente. Não gostaria nenhum pouco que, após meu último sopro, algum jornal publicasse a nota: "A extinta deixa filhos" (não me confunda com dinossauros). Nem tão pouco gostaria que usassem os termos: " defunta", "finada", prefiro que digam: "- Aquela que já passou".
E o problema maior seria traduzido em: E as crianças? E os cachorros? E as dívidas?. Em resumo, de livre vontade, ainda não posso morrer em paz, isso seria egoísta. Preciso cuidar de uma prole numerosa.

2 comentários:

Filosofia e Cinema disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Filosofia e Cinema disse...

Celinha, não se preocupe, se não estou enganado, junto com nossa extinção dinossáurica, há a extinção de nossas dívidas... bjs jurássicos :)