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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ela, Ele

Hoje acordei meio "desorientada". Como as coisas do coração são irracionais e, quando são racionais, deixam de pertencer ao coração e se tornam conveniência e concordata, tive uma noite de três horas de sono.
O motivo é que acho que ele não pretende continuar a relação.
Nossa relação tem quatro anos, mas sempre teve o famoso "vai e vem". E cada vez que ele ia eu enlouquecia e achava que o circo podia baixar suas lonas. Porém, dessa vez, acho que estou preparada. Afinal, depois de muita insistência, da minha parte, em todos esses anos, acho que me dei por vencida. A luta por alguém tem seu limite no exato momento em que descobrimos que precisamos ser irremediavelmente amados e qualquer coisa menos do que isso é apenas especulação.
Tem pessoas que acreditam que por amor não se luta ou mendiga. Amor, ou, se tem, ou não se tem. E quando a lógica entra, como está entrando agora nos meus escritos, já deixou de ser atração, desejo ou completitude.
Bem, eu também tenho erros, talvez seja por isso, que ele também não se apaixonou. Eu sempre, narcisista, esperei demais de um par. Fantasia é outro ingrediente que nos limita pois ninguém é obrigado a ser príncipe. Nos instantes em que eu fantasiava, o Ser desejado se tornou comum. Não tinha como atender às minhas expectativas.
Parece que no atual momento, estamos no famoso "empurrar com a barriga", "deixar como está para ver como fica" e tudo isso por medo de uma solidão funesta, por medo de sermos somente um, sem ter posse sobre outra pessoa.
Abdicamos de nossa liberdade individual, mas não deixamos de deseja-la.
Ah! Acho que ele está liberado para ser feliz sem mim e assim também estarei liberada, afinal a vida útil passa tão rapidamente. Quando formos acertar as contas com nosso Ser, nosso Eu , só restará mesmo uma pessoa unica cobrando fidelidade.

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