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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Explicações sobre a ausência



Caros (possíveis, pois ainda não sei se existem) leitores;
Não escrevi nesses últimos dias pois meu tempo se afunilou ainda mais com vários tipos de novos problemas: cobranças de relatórios na escola, discussões fúteis por TPM ou “excesso de vaidade” com colegas de trabalhos, namorado que acaba relacionamento (e como fui atrás dele, voltou), filhos que estavam em semana de prova e outras coisas..
E agora nem acredito que estou aqui sentada nesse PC escrevendo, com a ajuda do BrOffice. E estou feliz por isso.
Nada como ter um momento para si próprio, não há dinheiro que compre ou dívida, que temos que pagar, que nos tire esse sublime prazer.
Estou só comigo mesma..
No entanto, o difícil é saber que posso passar até décadas sem escrever e a aparência do mundo não muda ou resiste ferozmente à mudanças.
Enchentes em Santa Catarina, pessoas desabrigadas. Fatalidade da natureza, entretanto, a destruição natural é bem menor do que a dos homens, como provam os terroristas que atacaram a população civil em Bombaim na Índia. Por outro lado, Shoppings lotados, pessoas se aglomerando e o consumismo se tornando a última reza...Sobre isso acho que uma crise financeira só será suficientemente grande quando alcançar os Shoppings..
Alguns chegam a pensar que uma catástrofe, como a prometida pelos Mayas para o ano de 2012, tem que acontecer. Assim, a população se reduziria e haveria a esperança de que os maus sucumbam, mas e se forem justamente eles que sobrevivam?
Na Bíblia está escrito que os mansos herdarão a terra. Tenho essa esperança! Mas, quando ela diz que os “puros de coração verão à Deus”, ai já me preocupo, pois além de eu nunca conseguir um coração puro, também nunca conheci quem tivesse. Todos nós estamos envoltos à futilidades, picuinhas, vaidades...É gostoso e dá prazer fazer fofoca do colega, assistir à tragédias pela TV, comendo lanches e outros querendo comprar um novo carro para mudar de cara...E coração é algo que, graças à medicina moderna, sobrevive à AVCs, porém, não ao individualismo pós-industrial.
Mas, afinal porque os poetas miraram o coração? Provavelmente por ser um músculo real, que bomba sangue e energia para todas as regiões ou porque ainda não sabiam dos "poderes" neurológicos..
De qualquer forma, adotamos o coração como modelo de sentimentos e ultimamente parece que estamos caminhados para corações de pedra...
A violência da França de Robespierre ou do 3o Reich, para alguns, hoje, não seria mais do que um fato banal.
Bem, assim como existem espécies que não conhecemos e quando conhecemos as chamamos de exóticas, também devem existir os "puros de coração". E eu espero realmente que existam e que possam ver à Deus ...

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