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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Filhos

Tenho duas crianças, Caio e Letícia. Eu os protejo e quase nunca sei a dosagem disso.
Meu instinto de mãe se desenvolveu aos poucos, não foi automático. Dai fico pensando em erros cometidos no passado, do que era correto ou não.
Eles brigam muito, talvez por diferença de sexos, talvez por ventura do horóscopo, ou, talvez porque a socialização não dependa somente de hormônios, mas da experiência.
Vendo noticiários, todos nós tememos pelas nossas crianças. As previsões globais não são tão boas: as mesmas disputas territoriais, excesso de pessoas no planeta, lixo em demasia até o ponto de não ter mais aterros, porém, ainda permanece forte, a necessidade de propagar nossos genes.
Doravante, filhos são mais do que continuação de DNA, são projeções narcísicas. Em um determinado momento sempre tentamos "entrar" dentro deles e viver por eles.
Logicamente, existe a época natural da separação, como na música da Madonna "Papa dont Preach", mas estamos tão acostumados a termos alguém para governar que nos chocamos com qualquer ameaça de revolta em nosso lar.
E antagonicamente, paralelo aos que super-protegem, o pós-modernismo nos levou para um individualismo exacerbado, onde a própria família exclui seus filhos..
O mundo do trabalho não "comporta" crianças, a menos que elas confirmem a expectativa de seus pais.
Sei que essa prática anti-existencial irá mudar, talvez quando diminuírem o número de crianças nos lares e quando o trabalho da mulher, ou do homem, dentro de casa for valorizado, mais do que a prática de ter dois ou três trabalhos, para ter dinheiro e poder consumir o que virará excesso de lixo um dia...
Eu só tenho dois filhos e vejo a complexidade de criá-los. Sei que devo orienta-los para o mundo, pois este é muito maior do que eu. Por hora tentarei resolver o problema de respeito entre irmãos na mesma casa..

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