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sábado, 5 de dezembro de 2009

Don't stop believing



Eu estava down...mas é preciso continuar, a vida se sucede e o mundo só irá parar no dia que não conhecemos..
Tem um conto que criei a partir do que li em Zolá e o repito sozinha aqui para mim:
Existia um corcel selvagem que um dia foi capturado por homens que trabalhavam em minas de carvão (sabe, a espécie humana, antes de inventar a roda, aprendeu a escravizar). Lá chegando, à força, conheceu a escuridão, o tédio e um corcel já velho. O cavalo ancião estava de lado e não mais trabalhava à força depois de inúmeras chicotadas. Mas, mesmo fraco e desnutrido, se alegrou ao ver aquele jovem corcel negro que, revoltado, tentava dar coices em seus raptores até que, se julgando vencido, se deitou e não havia chicote que o fizesse ficar em pé.
Então o cavalo velho começou a empurrá-lo com o focinho, como dizer-lhe "- Força, resista e trabalhe, senão irão lhe matar". E parecia que o jovem lhe respondia: "- Força para quê? De que me vale ter força aqui?". Mas, o velho insistia: "Sempre há um momento em que precisará ter forças para se salvar"
De tanto ouvir o velho, o jovem resolveu trabalhar lá, mesmo contra a vontade, e começou a comer todos os restos de comida que encontrava. Nos momentos de folga treinava as patas e conseguiu manter seus músculos fortes. Os demais cavalos ali presos também trabalhavam, mas não faziam nada, além disso, porque já haviam se conformado com a morte por raquitismo antes da velhice..
Um dia, houve uma explosão na mina e abriu uma enorme fenda. Era o suficiente para escapar dali. O jovem corcel, vendo o sol novamente, por ele se guiou e correu, correu muito. Os mineiros ainda vivos tentaram pegar os outros cavalos para correr atrás do corcel. Porém, em vão, nenhum estava em forma o suficiente para correr e sair da mina. Outros cavalos ainda tentaram correr para fugir também, mas só puderam se contentar em ver o sol de dentro da mina, também não tinham força ou treino suficiente para correr dali..Então só o jovem corcel escapou e voltou para sua mata...
Assim, ficam alguns conselhos pertinentes:
- Não importa o momento de dor ou frustração, mantenha qualquer resquício de esperança, quando ela se acaba a depressão costuma matar e nisso não há nada de original..
- Escute as vezes os mais velhos, a esperança ainda vive neles e o melhor: eles foram treinados por ela. Passaram por túneis que nem imaginamos que existem.
- Nada, absolutamente nada, é eterno nem a dor.
- Um dia sempre uma porta se abrirá e ela representará a liberdade e a reconquista de nosso mundo. No entanto, para poder correr é preciso que nossos músculos tenham se mantido fortes , que ainda possam correr e dar coices...
- E por último, nunca acredite na rotina, ela é enganosa.

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