segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Os orkuteiros que me desculpem, mas originalidade é fundamental
Hoje uma amiga virtual do Orkut escreveu e reclamou pelo motivo de eu nunca escrever na página dela.
Ela sempre me manda aqueles recadinhos coloridos, com música, versos e realmente nunca respondo. Gosto da atitude da pessoa em lembrar dos amigos, todavia não gosto de "recado em massa", ou seja, mandar os mesmos recados para sua lista inteira de amigos. Não que eu quisesse exclusividade absoluta, mas, gosto de originalidade. Não me tocam recados "do coração" que são produzidos para todos os gostos, inclusive para os não românticos.
Lembro-me quando comecei a minha saga na net.
A única conexão possível era a de outra cidade e discada. Não era possível permanecer muito tempo on-line, salvo pagando (como eu paguei) contas telefônicas exorbitantes.
Lembro-me de ficar muito tempo trocando conversa com paqueras no MSN e de ter conhecido algumas pessoas chatas e complicadas que contracenavam com outras que só habitavam o cerne de meus sonhos e com certeza, digitavam tudo que eu queria ler..De todas essas, ficaram apenas três contatos..
Naquela época, tudo sempre acabava em MSN, inclusive as pizzas de sábado a noite e o velho ICQ ..
Nunca reclamei muito pois foi por esse meio que conheci o pai de meu embriãozinho..
Depois, prevaleceu o velho telefone e quem era realmente importante ficou na agenda telefônica e como, no momento, não me interesso por pessoas muito distantes, ainda não tive necessidade de Skype ..
Agora o Orkut foi uma surpresa. Uma página onde as pessoas se conhecem, se reconhecem e trocam curiosidades diárias..Uma fofoca moralmente permitida..
O único problema é que alguns fazem da página sua única vida e levam tão a sério sua rotina ali, que se sentem traídos quando não participamos dela..
Eu gosto do espaço, também sou curiosa, além do que existem comunidades bárbaras e pessoas ultra interessantes escrevendo..O único problema é que estou numa fase da vida, talvez a Idade da Razão, que tem gostos refinados, cuja percepção permite descobrir muita coisa tanto na primeira palavra dita quanto na primeira frase digitada, especialmente se não houver originalidade.
Seria bem diferente se alguém me convidasse para um café ou pedisse meu telefone depois de um tempo em Orkut. Não obstante, todos acabam se acomodando ali, se contentando em ler o perfil alheio e isso é uma barbarie. É como olhar fotos numa sepultura. Mesmo que a foto responda, ela não tem voz. Ela é algo sempre no tempo passado.
Então, me perdoe os amigos virtuais, se eu os abordo com minha personagem 2 da minha second life...
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